Assassinando os nossos Quase-Irmãos
por Joana Bencatel (aluna do 9ºB)
Já desapareceram nove em cada dez símios!
Todos os anos, a caça para fins comerciais provoca, na região (África Central), mais mortes de chimpanzés, bonobos e gorilas do que a destruição do habitat”, afirma Peter Walsh, primatólogo do Instituto Max Planck de Biologia Evolutiva, que possui uma vasta experiência no terreno.
Está provado desde 2005 que os símios, mais especificamente, os chimpanzés, são idênticos aos humanos em mais de 80% do seu património genético. E mesmo assim, parece que estamos a fazer os possíveis para que eles, os bonobos, os gorilas e os orangotangos desapareçam da face da Terra. Para confirmar, basta observarmos o decréscimo da sua população entre 1900 e 2005
Esta crescente diminuição do número de primatas devem-se a variadas causas, como o vírus da Ébola, a caça furtiva, com fins comerciais, e a desflorestação, problemas estes que só podem ser resolvidos, ou, pelo menos, atenuados, se a maioria da comunidade contribuir para isso.
O último problema referido, a desflorestação, é o segundo que mata mais animais, em vários sentidos. Em consequência da desflorestação, os animais perdem territórios e habitat, para além de ficarem mais desprotegidos e serem mais facilmente descobertos e capturados pelos caçadores furtivos. A crescente transformação do solo em terrenos agrícolas leva ao abate de árvores, que constituem as selvas e fontes de alimento de que os grandes símios necessitam para sobreviver. Desta forma, “as previsões relativamente à preservação a longo prazo dos grandes símios são alarmantes”.Mas não se pense que a exploração destas reservas só se dá devido às grandes empresas e só em tempo de paz. A desflorestação e a caça furtiva também foi e ainda é praticada, por exemplo, pelos congolenses, em consequência da guerra civil, no final de 1990, em que foram abatidos cerca de 14 mil símios dos 17 mil que viviam no Parque Nacional de Kahuzi-Biega, isto é, mais de 80% da população primata.
Para além da desolação destas espécies espantosas, provocadas pela destruição dos habitats e da caça furtiva, também o vírus da Ébola tem contribuido para o decréscimo destes animais, contando com 1/3 dos gorilas existentes. Esta doença mortífera e desoladora tem avançado 45 Km por ano, não avançando mais rápido devido às estruturas e às povoações humanas, como estradas e aldeias, que, felizmente, dificultam a transmissão e propagação do vírus.
Por tudo isto, e porque não queremos nem podemos querer ficar sós neste mundo, devemos fazer os possíveis por salvar ou pelo menos deixar viver estes animais que são nossos “primos”, cientificamente, e são seres vivos como nós.
Já desapareceram nove em cada dez símios!
Todos os anos, a caça para fins comerciais provoca, na região (África Central), mais mortes de chimpanzés, bonobos e gorilas do que a destruição do habitat”, afirma Peter Walsh, primatólogo do Instituto Max Planck de Biologia Evolutiva, que possui uma vasta experiência no terreno.
Está provado desde 2005 que os símios, mais especificamente, os chimpanzés, são idênticos aos humanos em mais de 80% do seu património genético. E mesmo assim, parece que estamos a fazer os possíveis para que eles, os bonobos, os gorilas e os orangotangos desapareçam da face da Terra. Para confirmar, basta observarmos o decréscimo da sua população entre 1900 e 2005
Esta crescente diminuição do número de primatas devem-se a variadas causas, como o vírus da Ébola, a caça furtiva, com fins comerciais, e a desflorestação, problemas estes que só podem ser resolvidos, ou, pelo menos, atenuados, se a maioria da comunidade contribuir para isso.
O último problema referido, a desflorestação, é o segundo que mata mais animais, em vários sentidos. Em consequência da desflorestação, os animais perdem territórios e habitat, para além de ficarem mais desprotegidos e serem mais facilmente descobertos e capturados pelos caçadores furtivos. A crescente transformação do solo em terrenos agrícolas leva ao abate de árvores, que constituem as selvas e fontes de alimento de que os grandes símios necessitam para sobreviver. Desta forma, “as previsões relativamente à preservação a longo prazo dos grandes símios são alarmantes”.Mas não se pense que a exploração destas reservas só se dá devido às grandes empresas e só em tempo de paz. A desflorestação e a caça furtiva também foi e ainda é praticada, por exemplo, pelos congolenses, em consequência da guerra civil, no final de 1990, em que foram abatidos cerca de 14 mil símios dos 17 mil que viviam no Parque Nacional de Kahuzi-Biega, isto é, mais de 80% da população primata.
Para além da desolação destas espécies espantosas, provocadas pela destruição dos habitats e da caça furtiva, também o vírus da Ébola tem contribuido para o decréscimo destes animais, contando com 1/3 dos gorilas existentes. Esta doença mortífera e desoladora tem avançado 45 Km por ano, não avançando mais rápido devido às estruturas e às povoações humanas, como estradas e aldeias, que, felizmente, dificultam a transmissão e propagação do vírus.
Por tudo isto, e porque não queremos nem podemos querer ficar sós neste mundo, devemos fazer os possíveis por salvar ou pelo menos deixar viver estes animais que são nossos “primos”, cientificamente, e são seres vivos como nós.
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