“Ser professor tem de ser uma paixão. Pode ser uma paixão fria, mas tem de ser uma paixão. Uma dedicação.”
por Filipa Baganha; Margarida Moreira e Maria Helena Padrão
Estas palavras de Rómulo de Carvalho/António Gedeão são, sem dúvida, bem compreendidas por todos os actores envolvidos no processo da educação.
Não há instituição nem medidas políticas milagrosas, o que deve haver é o esforço pessoal persistente, uma harmonização de vontades, um grande amor pela promoção do desenvolvimento humano.
Como afirmou Rodrigues de Freitas, o nosso patrono: “A palavra instrução que, pela sua etimologia, quer dizer construção interior, corresponde perfeitamente ao trabalho intelectual do homem e aos seus resultados úteis; quem adquire ideias, quem aprende e sabe empregar os processos técnicos verdadeiramente amplia as suas forças físicas, verdadeiramente constrói instrumentos que multiplicam o seu poder pensante; esta construção interior manifesta-se exteriormente nos produtos do homem, desde a organização que dá às palavras até ao movimento que dá aos objectivos.” (Freitas, in Almodovar et al. (1997) org: 287)
Porque somos seres vivos, dinâmicos, em permanente adaptação ao meio, nesta reconstrução do nicho cultural, Darwin quis juntar-se a nós, na afirmação da memória ancestral de que não podemos, não queremos, não devemos estagnar.
Produtos e produtores de cultura, a nossa procura de felicidade vai agora morar entre paredes que nos darão o bem-estar físico e mental propícios à prestação de sermos e crescermos intelectualmente.
As várias gerações terão oportunidade de viver dentro do mesmo corpo cultural, esteticamente contemporâneo de todas elas, perseguindo o destino humano o da elevação do saber, da transformação da realidade, da construção do ser no seio do devir.
Estejamos, pois, atentos os mais novos e os mais velhos e tomemos, de sentidos abertos, consciência dos significados do que somos: viventes de todas as evoluções, habitantes e operários do tempo e da história.
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