Assim…De repente…


por Júlia (aluna do 3ºB)

Tudo começou no Museu da Ciência,na Escola Rodrigues de Freitas, mais ou menos ontem ou antes de ontem, ou…
Bem, não interessa, recapitulando, estavam todos a dormir menos o mocho que estava a ler os seus livros de poesia de Fernando Pessoa, quando, assim de repente, o ovo misterioso que estava mais em cima da vitrina começou a abrir-se.
- Que barulheira…Oi, o quê, meu Deus, o ovo está a abrir, ao fim de tanto tempo, malta, acordem, o ovo está a abrir, finalmente!! -disse o mocho em grande gritaria!
- Já estás a sonhar de tanto pensares nele…-disse o esturjão meio a dormir.
- Não estou nada, a sério, desta vez é a sério!
Juntaram-se todos à volta do ovo e fez-se um minuto de silêncio, e…
- Oláá! - disse uma pequena criatura que saíra de dentro do ovo e que parecia um peixe sem guelras, com patas, asas curtas e olhos esbugalhados.
- Que criatura tão estranha, temos de lhe pôr um nome, e, e, e quando o descobrirem, ninguém vai reparar em nós e vão-nos mandar para o lixo, e…
- Relaxa, tem calma, nós não vamos a lado nenhum! -disse o tatu para o cágado.
- Vamos dar-lhe o nome de Peirépave que vem de peixe, réptil e ave, pois são os animais que nascem de ovos.- disse a raposa voadora.
- Daqui em diante somos nós que vamos tomar conta do nosso Peirépave!- disse o porco-espinho com um ar encorajador. E hoje, se fores ao Museu da Ciência, poderás ver o Peirépave na vitrina juntamente com os seus amigos.

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