Três perguntas a:
Manuel Alves
por Helena Rodrigues e Sofia Ribeiro (alunas do 9ºB)
Etc: Já é um funcionário conhecido e muito acarinhado no Rodrigues de Freitas. Como consegue essa confiança e amizade por parte de todos?
Manuel Alves: Comecei a trabalhar com apenas 14 anos, como torneiro mecânico, e aos 24 já era chefe de equipa. Infelizmente não tive a oportunidade de estudar, mas muito cedo aprendi a dar valor à vida, aprendi que só com muito trabalho e humildade se consegue vencer.
Entrei para o Rodrigues de Freitas em 1994, tendo a sorte de ir trabalhar com o grupo de Biologia. Fui acarinhado desde o início, facto esse que fez com que a minha adaptação fosse mais fácil. A partir dessa altura, devido ao meu trabalho, e à disponibilidade e dedicação que sempre demonstrei em tudo que fazia, comecei a ser reconhecido e a adquirir a confiança e amizade de todos.
No que diz respeito à minha relação com os alunos, tento que eles vejam em mim um amigo, com quem podem contar no que for preciso. Fui aprendendo ao longo dos anos que, mesmo os alunos mais complicados de se lidar, ao serem abordados com jeito e delicadeza, mudam de comportamento.
Etc: Sabemos que já trabalha há muitos anos cá na escola, quais os grandes problemas com que se tem defrontado?
M.A.: Trabalho nesta casa há cerca de 15 anos, felizmente não me lembro de me ter defrontado com nenhum problema de gravidade maior. Existem alunos mais complicados que obrigam a uma abordagem diferente mas, no entanto, com o respeito e as boas maneiras que sempre fizeram parte da minha boa educação, eu tenho conseguido resolver os problemas.
A situação que me deixou mais triste, e em que mais me envolvi para o apuramento da verdade, foi o desaparecimento dos objectivos do pessoal auxiliar, referente ao ano 2007, não tendo conseguido os resultados desejados.
Na sequência desse facto fomos todos penalizados, pois em caso de falta de elementos de Avaliação, a Lei prevê apenas a atribuição de um ponto a todos aos Funcionários por igual.
Não me conformo, e ainda hoje me pergunto como é possível acontecer uma situação destas, sem concretizar o apuramento dos responsáveis. Fica o meu apelo, no sentido apenas de evitar situações semelhantes, que, além de prejudicarem todos os Funcionários, não dão uma boa imagem de Escola.
Etc: A escola sofreu renovações recentemente. Como encara estas mudanças? Pensa que deram um novo estímulo à sua actividade?
M.A.: As mudanças, quando são para melhor como é o caso, são sempre bem-vindas e acabam também por ser um estímulo para qualquer profissional. No entanto, todos sabemos que o maior motivo de lisonja é ser incentivado e reconhecido pelos seus superiores.
Tento acompanhar as novas tecnologias e agradeço o apoio que alguns professores me têm dado, assim como a todo o pessoal que sempre me tem incentivado e acarinhado.
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