Entrevista à autora Ana Saldanha


por Dinis Bento Loyens (Aluno do 9ºB da EBSRF)

Dinis Bento Loyens (DBL): Se não fosse escritora, o que gostaria de ser.
Ana Saldanha (AS): Não me imagino a não ser escritora. Se não o fosse, provavelmente seria tradutora, aliás como já sou.

DBL: Com que estilo literário melhor se identifica? Porquê?
AS: De certa forma, Realismo na Ficção…porque a realidade é deturpada na escrita. Em suma, escrevo os meus retratos da realidade.

DBL: Identifica-se com outra figura literária? Qual e porquê?
AS: Não mas admiro imenso o Orhan Pamuk, acho-o fabuloso. A grande vantagem da literatura é que há milhares de escritores que me alegram a vida e a literatura é inesgotável.

DBL: Ao longo da sua carreira foi galardoada várias vezes. Que prémio lhe deu mais prazer de ter recebido e porquê?
AS: Foi precisamente o que eu não recebi. O meu livro “Uma Questão de Cor” foi finalista do Prémio pela Tolerância. Agradou-me imenso, porque mostra que as pessoas ainda se importam.

DBL: Gostou da sua estadia em Inglaterra?
AS: Gostei imenso, adoro a cultura, mas o que mais adorei foram as relações doces que as pessoas tecem entre si.

DBL: O que mais a marcou, quando dava aulas na nossa escola?
AS: Esta escola é muito variada e lembro-me especialmente de um aluno de 12 anos que escrevia extremamente bem mas infelizmente não é escritor. A dramatização do “Papão no Desvão” também foi muito bem interpretada, mas sobretudo como representam os medos e como nos mostram, que os devemos ultrapassar.

DBL: Alguma Mensagem que queira transmitir a jovens escritores?
AS: Leiam muito! Temos que nos basear nos outros para melhorar a nossa habilidade.

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