A vida social à distância de um clique
por Sofia Alves (aluna do 12ºF da EBSRF)
A cadeira da secretária tornou-se demasiado confortável
Tal como tudo, também as redes sociais podem tornar-se vícios demasiado perigosos para a integridade não só de crianças e jovens como também de alguns adultos.
O que inicialmente é apenas um site onde se partilham fotografias de férias e jantares de amigos, musicas e vídeos, vai calmamente transformar-se numa disputa; quem tem mais “likes”, mais comentários, qual a pessoa que tem mais amigos adicionados entre outras coisas que o Mundo do Facebook permite.
Com o passar do tempo vai aparecendo a necessidade de ficar parecido com…ou ter igual a…
A pessoa X já não passa sem ir actualizar o seu estado ou ver qual foi o último comentário que recebeu. Além disto é também mais facilitada a forma como a vida das pessoas é exposta de maneira fácil e nem com a opção de “privacidade” implícita no momento em que criamos a conta faz com que esteja tudo protegido.
A verdade é que as opções com que o facebook nos presenteia são de todo louváveis, desde jogos, a concursos, a oportunidade de conseguir ver e apreciar um mix de toda uma sociedade de novos e velhos é inacreditável. Aquilo que há uns anos acontecia apenas quando nos deslocávamos a certos sítios, hoje acontece numa pequena janela que existe dentro de nossa casa. No entanto desenganem-se, os riscos continuam lá.
Para quem não consegue aguentar a pressão ou não tem a capacidade de separar as coisas, decerto que este é mais um iminente factor para futuras depressões entre outros distúrbios psicológicos. Afinal todos os dias são uma conquista pelo lugar de “melhores post's”.
Na teoria é estranho acreditar que um “pequeno site” possa destabilizar a tantos níveis uma pessoa, na prática este fenómeno já se compreende e é aí que vemos pessoas em estados depressivos que, em alguns casos precisam até de acompanhamento. No fundo podemos ver o facebook como um “Espelho da Bruxa má da Branca de Neve” que nos diz se somos ou não os mais bonitos da web, como todos podemos calcular não é fácil ver nos julgados e criticados perante milhares e milhares de pessoas que todos os dias, de diferentes pontos do Mundo encontram ao acaso a nossa página.
Depois de estudos feitos e de acharmos que é tudo inofensivo neste meio, que só acontece aos outros e que nós “somos muito espertos”, esquecemos nos que não há nada que nos transcende mais do que aquilo que não é apresentado à frente dos nossos olhos. Afinal não devemos ser julgados e rotulados através de um clique rápido na internet.
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