Liberdade (Je Suis Etc...)
por Sofia Almeida (aluna do 12ºF da EBSRF)
“Liberdade, igualdade, fraternidade”[1] é o lema associado ao povo francês, desde a sua Revolução. Em 1789, ano em que a mesma se iniciou, a livre comunicação das ideias e opiniões foi considerada “um dos bens mais preciosos direitos do Homem”, estabelecendo-se, então, a liberdade de discurso na imprensa. Esta declaração foi uma vitória para a sociedade, que passou de censurada a livre.
Este acontecimento sofreu muita atenção por parte dos media, o que resultou em opiniões
distintas. Muitos comediantes e cartoonistas, à volta do mundo, acabaram todos por
reagir a este ataque da mesma forma e chegaram à mesma conclusão: a comédia não
deveria custar vidas. A comédia não deve ser um ato de coragem, deve entreter o
espetador. Há uma parte da sociedade que defende que os cartoonistas não foram
inteiramente inocentes, pois grande parte dos artigos ultrapassaram a linha do
bom senso. E o facto de termos direito à liberdade de expressão, implica
respeitarmos a posição do outro.
Este ataque acabou por abrir os olhos a muitos comediantes e
artistas, que agora têm de pensar duas vezes antes de satirizar uma situação,
não porque o Estado os condena, mas porque a sua própria vida pode estar
condenada.
Não deveríamos todos ter o direito à liberdade de expressão?
Seja através de uma crónica, quadro, música, cartoon ou até estilo? Sim, deveríamos. Penso que a verdadeira
questão está no porquê de não conseguirmos essa a harmonia e esse respeito
mútuo; seja entre religiões, raças, orientações sexuais, países ou até mesmo a
nível monetário. Porque é que é tão difícil aceitarmo-nos e aceitarmos o outro
como ele é? Não temos todos que partilhar dos mesmos interesses, temos apenas
que respeitar os interesses dos outros.
Eu recuso-me a viver uma vida de medo e pânico por expressar
as minhas crenças.
[1] = Liberté,
égalité, fraternité
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