Sessão na BE CRE sobre Ilse Losa
Por Diana Duarte (Profª bibliotecária da EBSRF)
No dia 29 de janeiro, as turmas
do 11ºC e 12ºC estiveram na BECRE da Escola Básica e Secundária Rodrigues de
Freitas para uma “aula” de Português diferente.
Numa parceria com a BMAG e no
âmbito do Projeto de Animação Comum que a Biblioteca Almeida Garrett tem com as
bibliotecas escolares, a coordenadora da BECRE convidou a responsável pelo
Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares, Dra Carla Teixeira e a responsável
pelo bibliocarro, Dra Maria Adelaide a virem à nossa escola fazer uma sessão de
apresentação da escritora Ilse Losa. Esta escritora alemã de origem judaica
refugiou-se no Porto nos anos 30 para fugir da Gestapo e não ser enviada para
um campo de concentração.
No Porto conheceu o arquiteto
Arménio Taveira Losa com quem viria a casar e a ter duas filhas. Foi por indicação médica, para
curar uma depressão, que começou a escrever. O seu primeiro livro foi “O mundo em que vivi”, escrito em 1943 e
desde essa altura dedicou a sua vida à tradução, à literatura infanto-juvenil,
mas também à literatura para adultos como é o caso da obra “Sob Céus Estranhos”.
Os seus livros são “uma odisseia
interior de uma demanda infindável da pátria, do lar, dos céus a que uma
experiência vivida só responde com uma multiplicidade de mundos”. Sob Céus Estranhos destaca-se por ser uma obra de particular maturidade onde
se destacam as questões de um mundo em transformação pela força de uma guerra
e, acima de tudo, no seu impacto humano.
Deste modo, fez todo o sentido
associarmos o Dia de Homenagem às Vítimas do Holocausto (dia 27 de janeiro) à palestra de homenagem a
Ilse Losa e à sua obra, mais concretamente à obra Sob Céus Estranhos, pois de algum modo esta refugiada também foi
vítima de uma guerra que não poupou milhões de pessoas, principalmente judeus.
No final da sessão ainda houve
tempo para perguntas, para os alunos verem um mini filme sobre os horrores do
holocausto, mas principalmente para refletirem sobre os perigos da guerra e que
a humanidade deveria aprender com os erros do passado para não voltar a
repeti-los.
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