Entrevista a Manuel Cruz
por Diana Magalhães, Joana Guimarães e Hugo Oliveira (alunos do 12ºE)
No âmbito da disciplina de Área de Projecto, na qual foi proposta a uma entrevista a uma personalidade pública, três alunos do 12º E realizaram uma entrevista a Manel Cruz.
Foi no seu estúdio de artes plásticas que o ex-vocalista dos Ornatos Violeta recebeu os alunos para lhe exporem algumas perguntas.
De forma descontraída, Manel foi desencadeando as respostas como se de uma conversa informal se tratasse.
Foram-lhe colocadas questões acerca da música, da escrita, das artes plásticas e da sua personalidade.
Quanto á música, Manel referiu-se a ela como um refúgio, um realidade sua, na qual sempre se sentiu apoiado e incentivado pelos seus amigos e familiares, paralelamente com a ilustração, actividade que admira desde pequeno (Manel tirou o curso de artes plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.)
Sempre aberto a novas experiências, falou da sua passagem pelos Ornatos Violeta, Pluto e até mesmo da sua participação na faixa “”Casa (Vem fazer de conta)” dos Da Weasel, que considera “uma experiência diferente mas muito engraçada e interessante”. Cantar e escrever em português, para o músico que cresceu a ouvir música de todos os estilos e nacionalidades (desde The cure a Rui Veloso), não se trata de patriotismo mas simplesmente de uma forma mais fácil e directa de se expressar, de se fazer entender, de “jogar com as palavras” como admite gostar de fazer.
A “obsessão é importante” naquilo em que se gosta, pois, para ele, é preciso muitas horas de esforço e da trabalho para realmente se colher os frutos que o sonho plantou.
Quando deparado com a opinião pública de ser uma pessoa anti-estrela, Manel desvaloriza, dizendo que hoje em dia existem duas opções: ou perseguir a fama ou ser anti-estrela, o que é, na sua opinião, absurdo. Embora compreenda que lhe atribuam esse titulo por ser uma pessoa reservada, sem manias de estrelato, discreta, Manel tem muito prazer em dar concertos, em ser abordado na rua por aquelas (poucas) pessoas que o reconhecem e que realmente valorizam o seu trabalho e lhe dão a sua opinião. No entanto, não é tão requisitado nem aparece tanto como os fãs esperavam, porque se nega a dar entrevistas sem interesse, só pelo simples facto de aparecer, de repetir vezes sm conta as mesmas respostas para vários meios da comunicação social, preferindo assim ser abordado ou grupos escolares “para ajudar”, ou ser abordado com perguntas sérias focadas no seu trabalho.
Quando lhe pediram para se descrever como pessoa, entre risos e olhares pensativos, respondeu que é “uma pessoa simples” e após muito pensar, acabou por admitir que esta pergunta era “muito vaga, muito difícil” e que não sabia como se descrever s si próprio.
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