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A mostrar mensagens de fevereiro, 2010

Encontros com o sagrado

por António de Montelongo Há tempos, no Porto, ao sair da missa vespertina de um sábado húmido e frio de Dezembro dei, juntamente com a família, com um sem-abrigo deitado no chão à porta de uma instituição bancária. Irónico: dei … ao sair da missa … à porta de uma instituição bancária. Muitas vezes me vêm à mente palavras que dizem serem de Cristo: “Tive fome e deste-me de comer, tive sede e deste-me de beber…”. E se nós, que frequentamos as práticas religiosas, que nos dizemos crentes, verdadeiramente acreditássemos nestas palavras, como seria a nossa vida? Enfim…. Não é muito difícil levar umas sandes, fruta e uma bebida, descer a rua e dá-la, mais ou menos apressadamente, ao Sem-Abrigo que pernoita à porta da C.G.D., na Praça Exército Libertador. Difícil é acreditar no sentido das palavras e ser na acção coerente com aquilo em que se diz acreditar. Não, não é grande sacrifício ir, mesmo que diariamente, com algo ao encontro do Sem-Abrigo; sacrifício é ir semanalmente à missa e ouvi

Cerimónia de Tomada de Posse do Conselho Geral do Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas

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Teve lugar, no passado dia 2 de Dezembro, no Museu da Ciência, a cerimónia de tomada de posse do Conselho Geral deste Agrupamento de escolas. Da Mesa faziam parte a Presidente do Conselho Geral Transitório, o Sr. Director Regional da Zona Norte e a Srª Directora do Agrupamento. Estavam presentes representantes da Junta de Freguesia de Cedofeita, da Associação de Pais, professores e alunos das várias escolas do agrupamento. O Museu estava decorado com desenhos feitos pelos alunos da Classe Infantil da Escola da Torrinha e pelos alunos do 12º ano da turma de Artes (12ºE) da Escola-sede. A sessão iniciou-se com a participação de dois alunos do 1º Ciclo da Escola da Torrinha, que disseram alguns poemas, a que se seguiu um poema dito por alunos do Ensino Especial e terminou com um conjunto de poemas de vários autores, ditos por alunos ligados ao “Projecto Comenius”. Durante a cerimónia houve também a intervenção da Srª Directora do Agrupamento, da Presidente do Conselho Geral Transitório ce

PROJECTO COMENIUS: United Europe and its many faces

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pelas As professoras,Fernanda Pires de Lima, Isabel Maria Alves da Silva, Maria Margarida Baptista Moreira e Rosa Costa Entre os dias 9 e 15 de Novembro de 2009, decorreu um encontro do Projecto Comenius no Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas no Porto. O tema tratado no encontro do Projecto foi “As Línguas”. No dia 9, de acordo com o programa, os professores e alunos da escola anfitriã receberam os professores e alunos das escolas parceiras. Alguns alunos deslocaram-- se ao aeroporto para receber e acolher os colegas em suas casas. Os professores levaram os colegas ao hotel. No dia 10, cada grupo fez a apresentação da sua escola e meio envolvente. Os nossos alunos, da turma D do 12º ano, apresentaram um vídeo sobre a Escola, bem como uma entrevista filmada a “turistas” expressando a sua opinião sobre o país, a alimentação e preferências dos portugueses. À tarde, todos os professores e alunos, portugueses e estrangeiros, envolvidos no Projecto, fizeram uma visita à cidade do

OS DIAS DA FÍSICA A nova exposição do Museu da Ciência

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por Beatriz Marques da Costa Encerrou recentemente a exposição que abriu as portas do novo Museu da Ciência da nossa Escola “Darwin 2009”. Durante um ano tivemos a oportunidade de homenagear Charles Darwin, nas comemorações do duplo centenário do seu nascimento e 150º aniversário da publicação de “Origem das espécies”. Ao longo deste ano, muitos foram os visitantes do Museu, entre alunos, alguns funcionários e muitos membros da comunidade local. Das várias iniciativas promovidas pelo Museu ou por ele acolhidas, destacamos o dia 12 de Fevereiro de 2009, data do aniversário de Darwin e inauguração oficial da exposição. Neste dia, o Museu esteve aberto das 9H às 21H, com actividades e visitas guiadas. Calculamos que nesse dia, por aí passaram mais de 500 alunos e professores, número que ultrapassou claramente as nossas expectativas. Destacamos ainda o grupo de alunos que integrou o grupo de contadores de histórias e contaram, com grande sucesso, a história de Charles Darwin, na voz da tar

A Cimeira de Copenhaga

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pelo Clube Comércio Justo A Cimeira de Copenhaga sobre as alterações climáticas, que teve lugar entre os dias sete a dezoito do passado mês de Dezembro, saldou-se por uma grande desilusão! Convocada pelas Nações Unidas, tinha como objectivo estabelecer metas para a redução das emissões de CO2 na atmosfera para o limite máximo de segurança de 350 partículas por milhão e reduzir a temperatura global em 2 graus centígrados tal como está previsto nos Objectivos do Milénio.Os líderes dos 110 países propunham-se chegar a um acordo, com base na Ciência que substituísse o Acordo de Quioto a terminar em 2012. Depois de vários dias de reuniões e negociações, a Cimeira foi encerrada com a assinatura de um acordo de intenções não vinculativas, pelos países desenvolvidos e emergentes - E.U. A., China, África do Sul, Brasil, Índia e União Europeia. Os líderes mundiais perderam um momento histórico para reduzirem o aquecimento global e salvar o Planeta.Falharam na ajuda aos países pobres, os mais af

Ano Internacional da Biodiversidade

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por rosa Costa A biodiversidade engloba a variedade de genes, espécies e ecossistemas que constituem a vida no nosso planeta. A perda constante deste conjunto, com extinções e destruições, é de tal forma expressiva que se antevêem profundas consequências para o mundo natural e o bem-estar humano, pondo em risco a nossa própria sobrevivência. As principais causas da diminuição da biodiversidade são as alterações nos habitats naturais, resultantes dos sistemas intensivos de produção agrícola, da construção, da sobrexploração dos recursos das florestas, oceanos, rios, lagos e solos, da introdução de espécies invasivas, da poluição e, cada vez mais, das alterações climáticas globais. A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou uma campanha mundial de sensibilização para a salvaguarda da biodiversidade, dando início às comemorações do Ano Internacional da Diversidade Biológica 2010. O tema da campanha é “A biodiversidade é a vida. A biodiversidade é a nossa vida”, sublinhando o papel cruci

Desporto Escolar: Futsal Infantil B Masculino

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por Andreia Canedo (Coordenadora do Desporto Escolar) Sábado, dia 16 de Janeiro, foi a vez da nossa escola receber a última jornada da 1ª Fase da Série A de Futsal, no escalão de Infantil B Masculino, do Desporto Escolar. Os resultados alcançados pela nossa escola foram uma vitória por 11-4 contra a Escola EB 2/3 Nicolau Nasoni e uma derrota por 5-3 contra a Escola EB 2/3 Ramalho Ortigão. Esta última venceu os dois jogos, no entanto, pelo facto de não levar o número de jogadores obrigatório, fez com que lhe fosse aplicada duas faltas administrativas, ficando assim, a nossa Escola em 1º lugar, em 2º, a Escola EB 2/3 Ramalho Ortigão e por último, a Escola EB 2/3 Nicolau Nasoni. Mais uma vez, a nossa escola, o professor responsável pela equipa e os nossos meninos do futsal estão de parabéns!

Entrevista a Raquel Pontes, aluna do 12ºE

por Joana Guimarães e Hugo Oliveira (alunos do 12ºE) A Raquel é uma aluna, do curso de Artes Visuais do 12º ano, que pratica futebol feminino nos Leões da Lapa (Póvoa de Varzim) e que desde pequena está inserida no Agrupamento de Escuteiros 994 das Caxinas em Vila do Conde. A partir desta entrevista vamos tentar perceber como consegue esta aluna, da nossa escola, conciliar estas actividades e ainda manter as boas notas. Etc: Há quanto tempo praticas as tuas actividades extracurriculares (escuteiros e futebol)? Raquel Pontes (R.P): Ando nos escuteiros desde muito pequena, desde os 5 anos, portanto já ando lá há 12 anos. Sempre gostei de jogar futebol, mas entrei em competição aos 10 anos, tive uma paragem de 3 anos e retomei aos 15 anos. Etc: Quanto tempo é que elas te ocupam? R.P: Por semana ocupo 3 dias por semana (2 horas/dia ) com o futebol. Nos escuteiros costumo ir duas vezes por semana e aos Sábados tenho reunião de grupo, algumas vezes também tenho actividade no Domingo. Etc: Q

Pela Janela

por Sérgio Real (ex-aluno da EBSRF) Pela janela tudo vejo. O frio corta quem lá anda e ameaça-me entrar. Entendo o aviso e enrosco-me mais. Vejo as árvores que dançam á melodia do vento, e riem-se de quem se encolhe em arrepios. - Todos as notam - Os baloiços rangem empurrados pela brisa, sem calor humano para os usar. - Lamentam-se - Casais correm juntos, apenas para em suas casas se esconderem. Aquecerem-se. As cadeiras das esplanadas, sozinhas, gelam. Fazem companhia ás mesas que por pessoas esperam. Quietas. Ao frio. Esperam porque mais não podem fazer. Passando levemente o olhar pela vista de gelo, vejo-te sentada. O frio toca-te, e a ele ligas-te. Gela-me a visão. Canta-te melodias que acompanhas, sem escolha. Recolho-me para o meu quente recanto e inspiro. Sacudo a paisagem e a vista dos ombros e aqueço-me. Porque se tudo aquilo lá fora vi, é porque aqui dentro comigo não está.

Crónica da ética escolar

por Lobo, Alfa, Raposa e Tubarão (alunos do 12ºano) Nos dias de hoje, como acontece desde há tempos imemoriais, existe algo que separa os adolescentes de liceu dos animais do zoo. É uma diferença mínima, mas está lá; é o Código de Honra dos Alunos. Não está escrito em papel, nem papiro, nem em pinturas rupestres, nem sequer é algo que se comenta. É apenas algo que todos os alunos deveriam saber ao nascer. Este código não-escrito implica regras importantes e sagradas como fugir da substituição mal passem dez minutos do toque, nunca lembrar o professor do trabalho de casa, fazer de conta que não o fez se mais ninguém o tiver feito, pedir notas altas para os colegas na hetero-avaliação, quando o professor pergunta “Quem falta?” dizer sempre “ninguém” mesmo que estejamos sozinhos na aula, entre outros. Não convém revelar mais por obrigação da regra mais importante do código: “não se fala do código”. Como em todas as sociedades altamente organizadas, também na nossa existem os fora-da-lei,

Louis Braille

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por Filipe Alves Teixeira (aluno do 8ºB) Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilómetros de Paris. O seu pai, Simon-René Braille, era um fabricante de arreios e selas. Aos três anos, provavelmente ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total. Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais e o padre da paróquia, Jacques Palluy, matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi seleccionado como líder da turma. Com 10 anos de idade, Louis ganhou uma bolsa do Instituto Real de Jovens Cegos de Paris. O fundador do instituto, Valentin Haüy, foi um dos primeiros a criar um programa para ensinar os cegos a ler. As primeiras experiências de Haüy envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso.

Francis Bacon

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por Helder Marques (aluno do 11ºF) Francis Bacon (28 October 1909 – 28 April 1992) was an Irish born British figurative painter. His artwork is known for its bold, austere, homoerotic and often violent or nightmarish imagery, which typically shows room-bound masculine figures isolated in glass or steel geometrical cages set against flat, nondescript backgrounds. Bacon had begun painting by his early 20s, yet he worked only sporadically and without commitment during the late 1920s and early 1930s, when he worked as an interior decorator and designer of furniture and rugs. He later admitted that his career was delayed because he had spent so long looking for a subject that would sustain his interest. His breakthrough came with the 1944 triptych Three Studies for Figures at the Base of a Crucifixion, and it was this work and his heads and figures of the late 1940s through to the early 1960s that sealed his reputation as a notably bleak, world famous, chronicler of the human condition. Fro

Antecipar e transformar

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por Raquel Pontes (aluna do 12ºE) Criar é provocar ” foi praticamente o lema do Dadaismo (ou Movimento Dada). Esta corrente artística tinha base no absurdo e a renúncia pelo ridículo, deste modo, com obras que não faziam sentido, pretendiam criticar a mentalidade e o espírito de Guerra da época. Muitas vezes apoiando-se no ready made (consiste em utilizar objectos vulgares, do quotidiano, pré existentes) para tentar criar algo inovador, mandando-o para exposições. Os artistas do Dadaismo adoptaram uma atitude provocadora com tendência para escandalizar a sociedade e os conflitos vividos através da ironia e do disparate, em sentido de manifesto. “Os nossos olhos divergem das lentes da máquina” Contudo, todos os movimentos artísticos da primeira metade do século XX, desde o fauvismo ao surrealismo, foram uma inovação e um “choque” para a sociedade. Fim do mecenato em função de uma pintura de referência. Deste modo, a arte tornou-se mais individual, os artista procuraram um novo caminho p

Os Heróis do 31 de Janeiro e o Republicanismo

por Maria Marmelo(aluna do 11ºD) No fim deste mês, comemoram-se os 119 anos da Revolução de 31 de Janeiro, que teve lugar na cidade do Porto. Esta revolução foi dos primeiros (senão o primeiro) movimento revolucionário tendo em vista a implementação de um sistema governamental republicano em Portugal. Tal objectivo, foi conseguido a 5 de Outubro de 1910, celebrando-se este ano 100 anos. Diz a História que os portuenses se sentiam inconformados com a política de D. Carlos em relação ao ultimato feito pelos britânicos em 1890 (Questão do Mapa Cor-de-Rosa), que decidiu entregar aos seus ‘inimigos’ os territórios entre Angola e Moçambique. Portanto, na madrugada de 31 de Janeiro um batalhão de bravos homens dirige se à actual Praça da República. A eles juntam-se mais grupos de militares (Infantaria 10, a Cavalaria 6,Guarda Fiscal) e civis que continuam descendo pela Rua do Almada até, à hoje, chamada Praça de D. Pedro. Chegados a esse ponto, todos os revolucionários ouviram, em frente ao