Os duzentos anos da ocupação da cidade do Porto pelas tropas de Soult


por Gabriela Figueiredo, Helena Raposo e Ofélia Tavares

No Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas, durante a última semana de Março foi assinalada a chegada das tropas francesas à cidade do Porto.

A semana comemorativa iniciou-se com uma exposição de Banda Desenhada na Biblioteca do Agrupamento, bem como, com a conferência proferida pelo Dr. Figueiredo do Valle que mostrou à comunidade educativa a influência do tema neste tipo de literatura e no nosso imaginário colectivo. Um aluno do 12ºE, leu, acompanhado ao piano, algumas cartas de amor enviadas por Napoleão a Josefina.

Com a colaboração dos alunos do 8ºano, do 10ºD, 12ºE e das professoras de História e Português - Gabriela Figueiredo, Ofélia Tavares, Helena Raposo e Isabel Vaz, reconstitui-se a reacção dos portuenses aos invasores.
Afixaram-se manifestos anónimos que circularam então na cidade, apelando à resistência do povo do Porto às tropas francesas. Procurou-se recriar e o ambiente de medo e terror provocado pelos roubos a igrejas e conventos, de morte, pânico e fuga das populações indefesas. Homenageou-se as vítimas do desastre da Ponte das Barcas

Dia 27 de Março as tropas francesas chegaram a tiro, ultrapassam as linhas do Monte Pedral, invadiram a nossa Escola…e cantaram a Marselhesa.

No dia 29 de Março, os sinos tocaram a rebate e as populações fugiram precipitadamente para Villa Nova …a ponte não suporta tanto peso e abate é o desastre da Ponte das Barcas. Morreram cerca de 500 (?) pessoas. (entre elas mulheres e crianças)

O general Soult instala-se no Palácio dos Carrancas (actual Museu Soares dos Reis) e apresenta uma Proclamação aos portuenses, prometendo respeitar os usos e costumes e um sistema político mais justo, assente na Liberdade e Igualdade de todos os Homens perante a Lei. Foram esses os ideais que conduziram a vida política portuguesa a Revolução de 1820.

Liberdade, Igualdade e Fraternidade foram as sementes lançadas pelas tropas francesas, que transformaram as sociedades e os sistemas políticos da Europa à América no século XIX.

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