Visita de estudo ao Convento Nacional de Mafra
fotografia de Raquel Rocha (aluna do 12ºF da EBSRF)
O Convento Nacional de Mafra guarda dentro das suas paredes
uma parte muito importante da História de Portugal. O edifício, mandado
construir por D. João V, é um símbolo do poder nacional e do reinado em
questão; toda a exuberância do barroco e do rococó está patente na sua
arquitetura. Do ponto de vista literário, José Saramago torna-o no epicentro do
seu muito singular romance “O Memorial do Convento”.
A obra literária referida anteriormente tem um grande peso
na Literatura Portuguesa, o que resultou na adição desta obra ao Plano Nacional
de Leitura. Exatamente por este motivo, todos os anos, as turmas de 12º ano têm
a oportunidade de usufruir de uma visita guiada pelo Convento e de assistir a
uma peça de teatro adaptada, que conta a história presente na obra de Saramago.
Inicialmente, o Convento de Mafra estava destinado a 13
frades, contudo, a obra sofreu vários alargamentos, o que mais tarde resultou
num edifício com cerca de 40.000m2 para suportar 300 frades da Ordem de S.
Francisco.
A imponência da Basílica não deixa um único visitante
indiferente. A partir do momento em que se entramos somos confrontados com um
grandioso altar ao fundo da nave central. Esta mesma encontra-se com o
transepto no cruzeiro, que é encimado por uma grandiosa cúpula, aliás, a
primeira cúpula construída em Portugal.
A segunda grande parte da visita a esta relíquia portuguesa
é ao Palácio, em que se denota a verdadeira exuberância do reinado de D. João
V. Somos transportados para a época de maior riqueza em Portugal, a época em
que o Império Português se expandia da Índia ao Brasil. Exatamente por estes fatores,
o Rei-Sol português quis demonstrar à população, mas particularmente à sua
Corte, que tinha o poder absoluto.
A Sala da Música é uma das salas mais interessantes do Palácio
em que está patente o espírito exuberante da Corte e toda a cultura do palco,
devido à disposição dos móveis e das cadeiras.
A Sala de Caça é, provavelmente, a divisão mais peculiar,
visto que a sua decoração consiste em hastes de vários animais, desde os candelabros
às pernas de mesas e cadeiras, que tinha como objetivo demonstrar as várias
conquistas de caça.
O Palácio contém inúmeros quartos e divisões, mas aquela
que, habitualmente, causa mais impacto nos visitantes é a Biblioteca que contém
milhares de livros da época em que o edifício foi projetado, incluindo Livros
Proibidos. Esta divisão é de cortar a respiração a qualquer um que a admire,
apesar de se encontrar inacabada.
Desde a arquitetura e organização do espaço ao trompe l’oeil (ilusão da visão a através
de pinturas) nos tetos, aos tecidos mais luxuosos, o Palácio de Mafra tem tudo
para ser um marco da História da Arquitetura Nacional.
ver mais fotografias de Raquel Rocha (aluna do 12ºF da EBSRF)
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